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Mas o pesquisador Frank Slijper, do grupo Stop the Weapons Trade (pare o comércio de armas) diz que o governo holandês viola suas próprias regras: “Realmente acreditamos que em muitos casos não se lida bem com os critérios que a exportação de armas deve atender e que as regras às vezes são usadas para acobertar”, comenta.
A organização Stop the Weapons Trade divulgou um relatório detalhando exemplos de países da União Europeia que violam as regras da UE. A posição comum da UE é que a negociação de armas não deve ameaçar a estabilidade regional nem deve ocorrer a custo do desenvolvimento sócio-econômico.
No caso da Venezuela, diz Slijper, o contrato com a Thales poderia ameaçar a estabilidade regional ao elevar a capacidade militar da Venezuela acima de outros países da região.
Mas a venda transgride um princípio ainda mais fundamental: não arme seus potenciais inimigos. “É uma situação muito estranha porque a Holanda, neste caso, fornece armas que com o tempo podem se voltar contra ela.”
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